terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

RETORNO DE UM GRANDE AMIGO

Acabo de receber a visita, na velha casa de minha mãe, de um amigo dileto de meu falecido pai, meu, de meus irmãos e toda a família Rocha, Mataparte Cavalcante de Bragança, acompanhado da esposa, Maria Adelaide Brito Alves.

Mataparte não é filho de Alto Parnaíba e no final dos anos 1970 veio para cá trazido pelo amigo comum Evandro Vargas Leitão, hoje morando em Palmas. Polêmico, corajoso, inteligente e culto, Mataparte logo se ligou aos meus irmãos, especialmente Plínio Aurélio e Antonio Rocha Júnior, já mortos. Aqui, na Alto Parnaíba que ele adotou como sua terra natal e passou a defender mudanças nos rumos políticos de então, casou-se com Adelaide, filha de José Alves Ferreira, o Zé de Carreta, com Laide do Amaral Brito, da mais tradicional família do lugar.

Na segunda gestão de meu saudoso genitor, Antonio Rocha Filho (Rochinha), como prefeito, Mataparte foi seu secretário de administração, atuando com discrição, eficiência, probidade e participando daquele momento inovador que tranformou a nossa terra em um autêntico canteiro de boas obras e realizações que propiciaram ao município ser um dos grandes produtores e expotadores de grãos do país.

Com a mudança de rumos na política (revolução às avessas), Mataparte, com sobrenome de rei e gosto refinado no vestir, na mesa, na literatura, no bom papo e na política, se foi para São Paulo, levando consigo a mulher e os filhos, ainda pequenos. Hoje, com a mesma aparência de vinte anos, já avô de quatro crianças, veio passar uns dias na cidade que nunca o esqueceu. Mataparte é um tipo de gente que faz bem à província.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FÓRUM BENVINDO LUSTOSA NOGUEIRA

O Pleno do Tribunal de Justiça do Piauí, à unanimidade, acolheu requerimento de autoria do desembargador Fernando Carvalho Mendes, ex-juiz de direito da comarca de Santa Filomena, dando o nome do falecido tabelião Benvindo Lustosa Nogueira ao novo fórum que está sendo construído na tradicional cidade sul-piauiense.

Convivi com Benvindo Nogueira em reuniões da Loja Maçônica Harmonia e Trabalho, de Alto Parnaíba, eu como visitante e ele, um de seus primeiros integrantes, e aprendi a conhecer melhor um homem inteligente, autodidata, prestativo, cordial, conversa amena do típico e hoje raro sertanejo intuitivo e bondoso.

Benvindo foi titular do Cartório do 2º Ofício de sua cidade natal por mais de três décadas, atuando com probidade, eficiência e como um verdadeiro integrante da Justiça, daí a justeza maior da homenagem, que não foi buscar uma personagem de fora para dar nome ao edifício-símbolo do Judiciário no município piauiense.

Assim como na co-irmã Alto Parnaíba, onde meus pais titularizaram o Cartório do 2º Ofício, em Santa Filomena Benvindo e sua esposa, Eliane Brito Nogueira (prima em primeiro grau de minha mãe, Maria Dacy do Amaral Rocha), registraram gente, desde o nascimento, passando pelos casamentos até o término da existência, sendo, portanto, historiadores natos das gerações que passaram por seus municípios. Essa sutileza do oficialato civil das pessoas naturais, simbolizada em Benvindo, dará, com absoluta certeza, um clima mais humano ao prédio da Justiça.

Recentemente a Câmara Municipal de Santa Filomena, aprovou, também por unanimidade, projeto do vereador José Damasceno, e concedeu o nome de uma importante rua da cidade ao tabelião Benvindo Nogueira. É o resgate necessários aos valores culturais da terra.

Benvindo Nogueira criou e educou com presteza os filhos, investindo em educação, dentre os quais o magistrado Aderson Antônio Brito Nogueira, juiz de entrância final e titular da 2ª vara de Floriano/PI, além de Márcia (que acumula os dois cartórios filomenenses), Luís (também cartorário), Eliana, Benvindo Filho e o oficial de Justiça Kilson Brito Nogueira, que honram o nome do bom pai. Não titubeio em dizer que a homenagem é justa e merecida.

RECUPERAÇÃO IMEDIATA

Ontem no programa dominical do radialista José Bonifácio Bezerra, na rádio comunitária Rio Taquara FM, de Santa Filomena, no sudoeste piauiense, dentre vários temas, falei da minha preocupação com o estado em que se encontram as ruas e avenidas de Alto Parnaíba, a mais meridional cidade do Maranhão.

Essa preocupação é compartilhada pela maioria da população e na rádio, disse aquilo que dezenas de cidadãos de minha terra me pediram para que conclamasse o governo municipal a tomar medidas imediatas, antes que o inverno se torne mais rigoroso. A construção de esgotos sanitários, além das mortes de dois jovens operários e de outros acidentes ainda não esclarecidos, ao lado do benefício inquestionável para a saúde pública desse importante programa do governo federal, também provoca destruição em ruas e avenidas da cidade, especialmente naquelas artérias que eram asfaltadas - as ruas Antonio Rocha Filho e Daniel Brito (bairro São José); Elias Rocha, José Sarney e Juscelino Kubitschek (bairro Santa Cruz); Odonel Brito (beira-rio) e Goiás (bairro Santo Antônio) -, cujo asfalto a construtora removeu e ainda não reimplantou, deixando buracos, lama, barro, ao lado do lixo e mato, ficando a bela Alto Parnaíba com aspecto de cidade que tenha sido vítima de algum transtorno imposto pela natureza.

Entretanto, no todo a cidade precisa ser recuperada, especialmente quando se aproximam o carnaval e o aniversário de fundação de Alto Parnaíba, em maio. O cais do rio Parnaíba, construído em 1968 na primeira gestão de meu pai como prefeito, permanece com a lama de outros invernos, além de mato, lixo e árvores que crescem em seu leito e ao lado do paredão, uma obra fundamental que pôs fim à invasão da cidade pelas águas do grande rio. A partir daí, passando pelo centro histórico e pelo centro comercial até os bairros, a situação se agrava, existindo o receio justificável de epidemias, como as da dengue, dentre outras doenças - as transmissíveis por ratos, por exemplo. A prefeitura não possui um único carro adequado para o recolhimento do lixo, o que não é mais aceitável.

O prefeito Ernani Soares disse-me que medidas serão tomadas a partir de agora, inclusive através de convênios celebrados com o governo estadual, objetivando calçamentos e pavimentação de nossas ruas, além da limpeza com mais eficiência. A insatisfação popular é crescente, levando oportunistas a agredir a honra pessoal do prefeito e de sua família, que merece o meu repúdio pessoal e do partido que presido. Mas é preciso ação de governo com a máxima urgência, com mais calçamentos e menos propaganda (que custa caro). É o mínimo que a população espera de seu governante.