quinta-feira, 30 de setembro de 2010

JACKSON E VIDIGAL

De todos os candidatos a governador do Maranhão, apenas Jackson Lago visitou a cidade de Alto Parnaíba, no extremo sul do estado, onde conversou com a população, ouviu reivindicações, elogiosos e críticas, fez uma mea culpa sobre a não realização de obras de seu governo, encurtado pela cassação imposta pelo TSE, no mais meridional município maranhense.

Dos candidatos ao Senado pelo Maranhão, apenas Edson Vidigal e Roberto Rocha, integrantes da comitiva de Jackson, estiveram em minha cidade, onde também tomaram conhecimento dos principais anseios da comunidade e dialogaram com lideranças e populares.

Mesmo possuindo as terras mais férteis do estado, com cerrado privilegiado em números de hectares, em solo e em preservação, com água perene abundante, mais de 11 mil quilômetros quadrados de dimensão, localização estratégica entre o oeste da Bahia, sul do Piauí e Tocantins, Alto Parnaíba não desperta o interesse da maioria dos políticos maranhenses de projeção, que mantêm a mesma ideia de um Maranhão sempre e continuamente pobre, atrasado, onde predominam os índices sociais mais negativos do país, reinando a galope a corrupção e mantendo o eleitorado alienado de tudo, também em sua maioria. Eles não visitam o meu município, e quando o fazem, com as exceções acima e de poucos outros com credibilidade, como os deputados Manoel Ribeiro e Pedro Novais, mandam cabos eleitorais da capital ou capitulados na cidade, na hedionda busca mercantilista pelo voto.

Jackson e Vidigal visitaram Alto Parnaíba e se expuseram ao público, assim como Manoel Ribeiro e Pedro Novais. Jackson é um homem sério, probo, correto, vítima de um sistema feudal ainda forte e impiedoso. Vidigal foi o único maranhense a integrar a segunda corte de Justiça mais importante do Brasil, inclusive a presidência do Superior Tribunal de Justiça, merecendo o respeito da sociedade e de todos aqueles que trilham corretamente o mundo do direito.

Por essas razões, meu voto é de Jackson Lago governador, Edson Vidigal senador, assim como em Pedro Novais deputado federal e Manoel Ribeiro, deputado estadual. Para presidente da República, não dá para engolir Dilma ou Serra. É demais para o meu estômago, o que me leva, por ser mais leve em tudo, principalmente em ética, probidade, eficiência e decência, a digerir e sufragar com raro prazer neste país onde a cada dia os valores mais caros são renegados pelos políticos e pelos poderosos, o nome de Marina Silva.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

PALAVRA COM HONRA

Na terça-feira última, no início da noite, participei de uma reunião política onde os deputados Pedro Novais e Manoel Ribeiro, candidatos à reeleição em outubro, conversaram de forma direta, franca, sem arrodeios, em um linguajar acessível e com compromissos objetivos, com parcela significativa da comunidade de Alto Parnaíba, no extremo sul maranhense.

Manoel Ribeiro é um velho conhecido de Alto Parnaíba e posso afirmar, sem qualquer comprometimento, que foi o único deputado estadual votado em nosso município recentemente a abraçar as nossas causas e a trazer benefícios à população, tornando nome de rua não por outorga dos poderes constituídos, mas por decisão dos moradores de uma artéria então aberta no bairro Santo Antonio, que o costume legalizou.

Manoel, com seu jeito objetivo e direto nas colocações, fez cobranças de aliados de plantão que o abandonaram, ao mesmo tempo em que combateu práticas de corrupção e de desleixo administrativo que vitimam Alto Parnaíba, e ao lado de Pedro Novais, se comprometeu em se dedicar ao início da construção do trecho da BR-235 entre nossa cidade e o município de Lizarda, no estado do Tocantins, já em 2011, cuja previsão orçamentária, com empenho, se encontra à espera de iniciativa do governo estadual desde o exercício de 2008.

Essa rodovia é vital não apenas para o extremo sul do Maranhão, mas para todo o estado, além de ser a via de interligação e desenvolvimento também a beneficiar o oeste da Bahia, o sul e o sudeste do Piauí e o Tocantins, como bem salientou o deputado federal Pedro Novais, caminhando para seu oitavo mandato, com cadeira cativa na comissão mista de orçamento do Congresso Nacional, que já presidiu e da qual foi relator, entretanto, jamais teve seu nome envolvido em qualquer dos escândalos que sempre rondam a mais importante comissão do Parlamento nacional.

O encontro foi proveitoso, tendo a comunidade a oportunidade de se manifestar. As prioridades para um município onde o Estado é praticamente ausente, foram analisadas sem pieguismo pelos deputados e lideranças municipais que os acompanham, resultando numa carta onde se clama, além da estrada para o Tocantins, pela recuperação da rodovia para Balsas; pela extensão do programa luz para todos além da região do distrito de Curupá, única até agora beneficiada; saneamento básico e urbanismo, a começar do sistema de água potável em todos os bairros e nas sedes dos povoados, de moradias na cidade e na zona rural; na saúde, com a construção de um hospital e de postos no interior; uma outra escola estadual e o campus da Uema; estradas vicinais e pontes; ginásio esportivo; quadra de esportes; reconstrução do aeroporto municipal; construção da ponte sobre o rio Parnaíba entre as cidades de Santa Filomena e Alto Parnaíba, enfim, os pedidos atingem todas as esferas administrativas e é possível que se tornem realidade. Com a palavra, o eleitor.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

UMA SIMPLES PONTE

No início da semana, na qualidade de cidadão alto-parnaibano e de integrante de uma entidade da sociedade civil brasileira, endereçei correspondência ao prefeito de Alto Parnaíba, no extremo sul maranhense, Ernani do Amaral Soares, em que noticio e solicito a imediata construção da ponte sobre o ribeirão São José, a 4 km de distância da cidade, na estrada municipal carroçal que liga a sede do município ao distrito de Curupá e de lá aos Macacos e às nascentes do rio Parnaíba, cujo potencial turístico-ecológico ainda não foi corretamente explorado.



A velha ponte de madeira ali existente, construída às expensas do fazendeiro Wagner Teixeira Mascarenhas, mesmo indispensável para a interligação da cidade com as comunidades localizadas às margens do Parnaíba e seus afluentes, provocou quatro acidentes, com feridos, em apenas dois dias, necessitando urgentemente que as tábuas e a própria estrutura sejam repostas.



E observem que não estou falando de ponte de cimento armado, mas apenas de uma ponte (ou mata-burro) com extensão mínima ainda construída de madeira, que a prefeitura possui condições mais do que suficientes para construí-la.



A comunidade - várias pessoas pediram a minha intervenção - aguarda a realização da obra, que é a resposta que espera de seu prefeito.

domingo, 5 de setembro de 2010

PARECE QUE VAI SAIR

Ouvi pessoalmente ontem, 04 de setembro, em meu escritório de advocacia, do deputado Manoel Ribeiro, ex-presidente da Assembleia Legislativa maranhense, que o DNIT já possui disponibilizados R$ 18 milhões para dar início em 2011 à construção da rodovia BR-235 no trecho entre as cidades de Alto Parnaíba, no extremo sul do Maranhão, e Lizarda, no Tocantins.

Ouso acreditar na palavra de Manoel Ribeiro por uma razão óbvia: mesmo eu não o tendo apoiado quando começou a ser votado em Alto Parnaíba ainda nos anos 1990 e de não pertencer ao seu grupo político à nível estadual, jamais deixei de creditar-lhe o fato de ter sido nos últimos tempos o mais atuante deputado estadual (provavelmente o único) em defesa das causas da minha terra, como da luta travada com a governadora Roseana Sarney para a pavimentação do trecho da MA-006, de 240 km, entre Alto Parnaíba e Balsas, inaugurada há 10 anos.

Mantenho relações pessoais com Manoel Ribeiro e reconheço a sua determinação quando abraça um projeto, e, segundo ele, é fundamental e estratégico para o Maranhão, e não apenas para Alto Parnaíba, a construção e pavimentação dessa velha estrada, ainda carroçal, quer no aspecto econômico, como no social e cultural, e esta seria a sua nova causa por um município em que também investiu como empresário rural, gerando divisas e empregos.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

FOGO E POLUIÇÃO ELEITORAL

Hoje é a terceira noite do festejo de Nossa Senhora das Vitórias, a padroeira católica do município sul maranhense de Alto Parnaíba, desde a sua fundação em 19 de maio de 1866.

A praça coronel Adolpho Lustosa, onde se localiza a igreja matriz, está tomada por botequins, camelôs e muito barulho, deixando seus antigos moradores com a insônia ainda mais prolongada.

Em ano eleitoral, praticamente toda a população rural se desloca para a cidade e ao lado dos chamados urbanos, todos se juntam na velha praça, em volta da igreja, mas poucos vão às missas.

Em período de eleição, os candidatos, alguns conhecidos por não terem feito nada por nossa terra, aqui aportam de paraquedas, vão rapidamente à praça, cumprimentam nossa gente simples e crédula com tapinhas nas costas e aquele ar de que são amigos do sertanejo desde criancinha.

Em época de campanha e de caça ao voto, a maioria dos candidatos -alguns achavam até pouco tempo atrás que Alto Parnaíba nem existia -, chega de mansinho, vai ao encontro do chefete político descompromissado com as causas do povo e da comunidade e ali deixa o chamado custeio, ou seja, dinheiro comprando o pretenso chefe para que este compre o voto do eleitor. Aí os comentários ganham às ruas. Quem levou mais: foi A ou B. O certo é que o dinheiro não declarado à Justiça eleitoral chegou e vai engordar os bolsos desses vendilhões do voto, que atrasam e retardam impiedosamente o desenvolvimento de um município naturalmente abençoado por Deus.

Em setembro, fim de agosto, as queimadas se multiplicam e o calor aumenta. O pasto seco deixa o gado magro; o pecuarista sofre; o agricultor se preocupa. O fogo destrói tudo, cerrados e baixões em um município com mais de 11 mil quilômetros quadrados de território. O crime das queimadas ilegais e indevidas, desnecessárias e cruéis, é continuado e seus autores deixam rastros, cabendo apenas uma melhor investigação, inclusive de natureza preventiva, para chegar a eles.

Ao lado do festejo e dos vendilhões, das tradições religiosas e populares que engrandecem nossa cultura e nossa gente, as mesmas queimadas utilizadas ainda na fundação religiosa da vila de Nossa Senhora das Victórias, o mesmo tipo de candidato sem discurso e sem compromisso, os mesmos caciques sem índio se renovando e se enriquecendo, o mesmo povo ingênuo satisfeito em pegar na mão do "doutor candidato" e de receber de esmola uma dose de cachaça em algum botequim.

Ao mesmo tempo, carros de som se atropelando anunciando candidatos de todo gosto e a maioria, de mau gosto, com música altíssima, sem respeitar quem trabalha, quem está doente ou estudando, deixando a temperatura ainda mais alta, o ar mais sufocante, as queimadas menos inofensivas e a ironia que me faz sorrir no momento: novos chefetes políticos se autoproclamando donos de voto.

Daqui a quatro anos será a mesma coisa, a não ser que Cristo retorne à terra e expulse os vendilhões das calçadas de seu templo.