segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EM ALTO PARNAÍBA/MA AMBULÂNCIA VIRA SUCATA

Vejam o descaso e o desperdício com o dinheiro público. No mais meridional município maranhense, Alto Parnaíba, a 1.080 km de São Luís, a Prefeitura está deixando virar sucata uma preciosa ambulância adquirida com recursos do povo. Trata-se de uma caminhonete D-20, placas HOZ 9667, que está sendo deteriorada pelo abandono em terreno do hospital público municipal, que passou a funcionar parcialmente, ou seja, apenas para consultas com a única médica da rede pública do município para atender mais de 13 mil pessoas em um município com extensão territorial de mais de onze mil quilômetros quadrados. Vejam o contraste e a irresponsabilidade do governo municipal. Mesmo com um imenso território, a Prefeitura de Alto Parnaíba dispõe, em atividade, de apenas uma ambulância, já que a do Semu não sai da cidade e nem trafega nos carreiros do interior, pelo que consta por falta de treinamento de pessoal a partir do motorista.
Enquanto isso, a mesma administração joga literalmente no lixo uma ambulância que poderia estar atendendo e salvando vidas na zona rural e mesmo no transporte de doentes para centros urbanos mais adiantados, já que a Prefeitura não dispõe de um mísero centro cirúrgico, nem de cirurgião, nem de pediatra, nem de qualquer outro especialista em doenças mais comuns a não ser uma excelente clínica geral, que trabalha sobrecarregada para consultar tanta gente.

As fotos de Léo Nogueira Rocha dizem tudo. Que a Câmara Municipal saia do muro e cumpra com seus deveres institucionais de fiscalizar, sob pena de cumplicidade criminosa. Ao Ministério Público, o material necessário para iniciar uma investigação.

Um comentário:

  1. Pena que tenhamos tantas notícias tristes do nosso saudoso município, mormente quanto à administração pública. Em pensar que enquanto a saúde pública daí e de todo o maranhão não atende seus cidadãos, milhares de pessoas lotam as pensões da capital piauiense à procura de médico e de hospital público. Ocorre que, embora os enfermos consigam atendimento, a situação vira uma bola de neve, uma vez que os hospitais de Teresina, também por tratar-se da precária saúde nacional, não consegue comportar a população de doentes vindos do Pará, do Maranhão e do seu próprio estado. Digo isso porque como residente naquela cidade por 8 anos, pude ser testemunha ocular deste fato. Os corredores do velho Hospital Getúlio Vargas que o diga. Desejo que esta distância de 1.080 km da capital do Estado algum dia seja apenas em extensão física e não em cuidados governamentais, como é atualmente. Desejo também que algum dia em nosso País as Câmaras municipais sejam compostas de pessoas capazes de entender quais suas verdadeiras competências e de colocá-las em prática. Um beijo tio!

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